Para Valeria Olivari, uma peruana cheia de determinação, não há barreira que a trave. Depois de explorar grande parte do mundo, decidiu fixar-se em Portugal, um lugar que a conquistou desde a sua primeira visita. Aos 17 anos, descobriu a sua paixão pela cozinha e, apesar dos desafios, trabalhou em diversas cozinhas à volta do mundo antes de se estabelecer definitivamente em Portugal.
A palavra «cholo/chola» enraizou-se como um coloquialismo em muitos países onde se fala espanhol, fazendo referência a pessoas de origem e traços indígenas. Na Bolívia e no Peru, esta palavra adquire uma conotação de força e resiliência perante a adversidade, refletindo a dureza intrínseca de viver na cordilheira andina.
Quando Valeria Olivari decidiu empreender o seu próprio negócio, escolheu o nome «Las Cholas» como uma homenagem às mulheres lutadoras e fortes que habitam os Andes. Porém, também o fez com uma segunda intenção: afirmar a sua própria identidade e ligação a essas mulheres fortes. Para ela, o termo «chola» representa força, resiliência e superação. Valeria assume-se como uma pessoa forte, determinada, trabalhadora e teimosa, decidida a atingir os seus objetivos apesar dos obstáculos no seu caminho.
Depois de trabalhar durante anos em diversos restaurantes e de enfrentar desafios como a falta de financiamento e a pandemia, Valeria, com a sua capacidade de sacrifício e resiliência, conseguiu concretizar um dos seus sonhos: abrir o seu próprio atelier-cozinha. Através dos seus alfajores e empanadas, converteu-se numa embaixadora gastronómica da cozinha andina em Portugal. O seu sucesso avassalador levou-a até a comercializar os seus produtos nas lojas do El Corte Inglés.