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Seame Group: O espírito da Hospitalidade

Seame Group: O espírito da Hospitalidade

Seame Group © ffmag

O Seame Group surge em 2010, tendo como objectivo a criação de projectos diferenciadores e disruptivos, apostando na inovação, especialização e com foco na matéria-prima. Mas para que um negócio possa crescer e ter sucesso, é preciso que tenha mentes criativas e inquietas a sustentá-lo, e o Seame Group tem: António Querido, Rui Gaspar e João Rebelo Vaz.


Os três sócios juntaram-se com um único elo de ligação: uma grande paixão pelo mundo da restauração e hospitalidade.

António começa por explicar: “Cada um tinha a sua actividade profissional relacionada com o retalho e indústria alimentar mas eu conhecia e já trabalhava directamente com o Rui. O João junta-se a nós como “Business Angel” e braço financeiro do projecto. Na altura em que criámos o Sea Me – peixaria moderna estávamos em plena crise económica e sabíamos que o negócio era arriscado”. Este foi o primeiro restaurante dos três, que descrevem os primeiros dois anos de pura aprendizagem. Dizem-se amantes de boa comida e com uma certa obsessão pelo sector.

Com uma aposta clara na diferenciação, abriram o Sea Me – Peixaria Moderna. O peixe e o marisco são os reis neste espaço, numa fusão perfeita entre a tradição dos pratos de peixe portugueses e a inovação de pratos asiáticos. “Tudo isto com uma roupagem moderna, com DJ ao fim-de-semana e um bar” descreve António. Levamos esta inovação à mesa do cliente. Escolha um peixe e poderá aproveitar o máximo do produto. São aplicadas duas técnicas: metade em grelha onde trazemos a tradição do nosso país e metade em sushi&sashimi com peças criativas e diferentes em cada experiência. Aqui até a espinha se come!

Nós temos uma preocupação máxima com o produto e o resto vem por acréscimo – António Querido

Em qualquer marisqueira que se preze é obrigatório ter um prego, mas não um prego qualquer. O desafio era ter o melhor prego de Lisboa! Assim nasce O Prego Da Peixaria em 2013. Na carta encontra reinvenções irreverentes do típico prego de carne do lombo envolto em pão artesanal. Para além disso, foram ainda pioneiros na criação de hambúrgueres de peixe.

Arroz de lavagante e algas

Arroz de lavagante e algas © Seame Group

Com um crescimento anual na ordem dos 30%, há um ADN de inovação em todos os projectos. É com este espírito que em Abril de 2018 abrem um conceito completamente diferente do que até agora tinha sido feito.

Entram na Ásia por Alvalade. No número 100 da Avenida de Roma encontramos o Soão – Taberna Asiática. Um projecto que foi um desafio desde o primeiro momento. Não só pelas diferentes cozinhas aqui representadas, mas também pelas suas técnicas, aromas e processos, como os demais ambientes. Quiseram criar duas realidades distintas: no piso térreo vive-se uma verdadeira taberna asiática com um ritmo frenético, um caos tão característico; e no piso inferior entramos num verdadeiro Bafon Oriental, que retrata o luxo decadente do continente asiático.

Conhecidos pela irreverência, os sócios não se confinam à boa comida, mas sentem-se em pleno quando criam conceitos e ambientes que elevam o nome do restaurante para o patamar do sucesso. O espaço Meat Me, no Chiado, é prova disso. Restaurante de carnes que reúne diferentes técnicas de assar: parrilha espanhola, robata japonesa e barbecue americano. Disponibiliza diferentes tipos de corte como Chuletón, Entrecôte e Tomahawk.Cada peça de carne maturada tem uma história para contar. Os vinhos são de apenas nove produtores e os cocktails lembram os anos 1920.

António Querido adianta: “entrámos desde o primeiro projeto no negócio da hospitalidade, queremos vender felicidade, experiências, emoções”.

Uma marca integrada no Seame Group, que conta com quatro insígnias, em oito localizações, dá emprego a 254 pessoas e regista 12 milhões de euros de vendas líquidas.

Temos um grau de irreverência muito grande, tivemos de conquistar a pulso aquilo que temos hoje e não queremos perder esse inconformismo que sempre nos descreveu

A hospitalidade é, assim, uma ferramenta essencial e transversal neste Grupo. A melhor forma de fazer os clientes felizes é ter a certeza de que as pessoas que trabalham com eles, o fazem por gosto. O que significa que um bom restaurante sem uma boa equipa, não tem pernas para andar. Mas há um problema quanto aos recursos humanos, “hoje em dia o grande problema é não haver mão-de-obra na restauração, é escassa e a que há não é especializada, o que dificulta a abertura de novos restaurantes” declara Rui Gaspar.

António explica a visão do Grupo: “nós olhamos para isto como a indústria da hospitalidade, e aqui temos vários atores desde chefs de cozinha, barmen, empregados de mesa, gestores de marca, recursos humanos, uma equipa de customer service… e nós desde o início que vemos isso e todos têm a sua importância, acho que isso é uma das razões do nosso sucesso”. Rui assina por baixo e acrescenta “se o copeiro não lavar os copos e os pratos, a cozinha não tem ferramentas e a sala não tem como levar o prato à mesa”.

De futuro, o objetivo é criar valor através de diferentes marcas, atingindo diferentes públicos. O forte know-how relativo ao peixe e ao marisco é algo que os distingue da concorrência “já estamos há 9 anos a trabalhar este tipo de produto, a inovar e, portanto, o que posso dizer é que vão surgir algumas novidades nos próximos meses dentro deste segmento a nível de serviços” adianta António Querido. Sobre expandir para outros espaços, os sócios sublinham que o “coração” está em Lisboa, mas com alguns parceiros a lançar desafios para a abertura de novos projetos em novas localizações, nomeadamente, no Porto, os sócios não descartam essa possibilidade.

O Seame Group vai continuar no mercado com a mesma política e principio: uma cozinha emocional, honesta e inovadora.

Sea Me – Peixaria Moderna

Sea Me – Peixaria Moderna © Seame Group

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